segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ZÉ RAMALHO


José Ramalho Neto, mais conhecido como Zé Ramalho, é um cantor e compositor brasileiro.
Suas influências musicais são uma mistura de elementos da cultura nordestina (cantadores, repentistas e rabequeiros), da Jovem Guarda (Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Golden Boys e Renato e seus Blue Caps), a sonoridade dos Beatles e a rebeldia de The Rolling Stones, Pink Floyd, Raul Seixas e, principalmente, Bob Dylan. Há elementos da mitologia grega e de histórias em quadrinhos em suas músicas.
Zé Ramalho nasceu em 3 de outubro de 1949 em Brejo do Cruz/PB, filho de Estelita Torres Ramalho, uma professora do ensino fundamental, e Antônio de Pádua Pordeus Ramalho, um seresteiro. Quando tinha dois anos de idade, seu pai se afogou numa represa do sertão, e passou a ser criado por seu avô. A relação entre os dois seria mais tarde homenageada na canção "Avôhai". Após passar a maior parte da sua infância em Campina Grande, sua família se mudou para João Pessoa. Esperava-se que ele se formasse em Medicina.
Assim que a família se estabeleceu em João Pessoa, ele participou de algumas apresentações de Jovem Guarda, sendo influenciado por Renato Barros, Leno e Lilian, Roberto Carlos e Erasmo Carlos, Golden Boys, The Rolling Stones, Pink Floyd e Bob Dylan.
Em 1974, ele tocou na trilha sonora do filme Nordeste: Cordel, Repente e Canção, de Tania Quaresma. Na época, passou a misturar as suas influências: de Rock and Roll a Forró. Um ano depois, gravou seu primeiro álbum, Paêbirú, com Lula Côrtes na gravadora Rozenblit. Hoje em dia, as cópias desse disco valem muito por serem raras.
Tem seis filhos: Christian (1974), Antônio Wilson (1978), João (1979), Maria M. (1981), José (1992) e Linda (1995); além de cinco netos, Ester (1999) e Miguel (2004), filhos de Maria com Zé Carlos; Ana Lua (2002), filha de João com Mariana; Maria Luísa, (2009) e Felipe (2011), filhos de Christian e Tatiana. É casado com Roberta Ramalho, mãe de José e Linda, há 27 anos.
Em outubro de 2008, a revista Rolling Stones promoveu a Lista dos Cem Maiores Artistas da Música Brasileira, cujo resultado colocou Zé Ramalho na 41ª posição.


ELBA RAMALHO


Elba Maria Nunes Ramalho é uma cantora e atriz brasileira. Vencedora de um prêmio, ainda enquanto atriz, por sua interpretação de "O meu amor" com Marieta Severo em 1978. Recebeu da Associação de Críticos de Arte de São Paulo prêmio de "Melhor Show do Ano", em duas ocasições: em 1989 pelo show Popular Brasileira e em 1996 pelo show Leão do Norte.
Sua primeira experiência musical veio em 1968, tocando bateria no conjunto feminino "As Brasas". Posteriormente, o grupo se transformou de musical para teatral. Contudo, Elba continuou a cantar e a participar de festivais pelo Nordeste brasileiro. Em 1979, lançou seu primeiro álbum, "Ave de Prata". Em 2009, Elba fez 30 anos de carreira e celebrou os mais de  6 milhões de discos vendidos.
É bicampeã do Grammy Latino, pels álbuns: Qual o Assunto que Mais lhe Interessa?, lançado em 2008 e Balaio de Amor em 2009, na categoria Melhor Álbum de Raízes Brasileiras: Regional e Tropical.
Elba nasceu na Paraíba, na zona rural de Conceição, mais conhecida como Conceição do Vale do Piancó. Em 1962, a família se mudou para a cidade de Campina Grande, também na Paraíba. O pai se tornou proprietário do cinema local. Filha de músico, despertou o interesse pela mesma ainda na adolescência.
Elba fez um aborto em sua primeira gravidez, em 1973, e se diz arrependida. Revelou à Revista Veja em 1997 que não tomaria essa atitude novamente mesmo se não quisesse o filho.
No meado dos anos 80 casou-se no Rio de Janeiro com o ator e cantor Mauricio Mattar, com quem teve um filho, Luã, nascido aos 8 meses de gestação, em 24 de junho de 1987, na clínica Santa Clara, em Campina Grande, na noite de Festa de São João, em que Elba cantou para uma multidão de pessoas, junto com Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
O médico responsável pelo parto normal de Elba foi o Dr. João Figueiredo do Amaral. Após o nascimento de Luã, e o término das festas juninas, Elba foi se apresentar na Europa e depois voltou ao Rio com Maurício e o filho. O casal divorciou-se alguns anos depois.
Foi casada com o modelo Gaetano Lopes, 25 anos mais novo, de 1996 a 2008. Eles foram apresentados por um amigo em comum, Sérgio Matos, em 1996, e em menos de dois meses terminaram seus outros relacionamentos e foram morar juntos.
Casaram-se no civil em 2003 e em 2008 Elba, por ser bem católica, realizou o sonho de casar-se vestida de noiva, com as bênçãos de um padre: casaram-se no religioso, na Igreja São Batista, em Trancoso, na Bahia.
Oito meses após o casamento religioso, Elba e Gaetano se divorciaram.
Elba e Gaetano têm duas filhas: Maria Clara, adotada em 2002 e Maria Esperança, adotada em 2007. Elba, apesar de já ter filho biológico, sempre teve o sonho de adotar; Gaetano era estéril, e também queria ser pai.
Já divorciada de Gaetano, Elba adotou outra menina, Maria Paula, em 2008. Ela já conhecia a família da menina antes da criança nascer. O processo de adoção foi mais difícil, mas ela conseguiu dar mais uma irmã a suas outras Marias.
Após o divórcio começou a namorar o sanfoneiro Cezinha, 33 anos mais novo. O relacionamento durou até 2010.
Após terminar com Cezinha, começou a namorar o modelo de Caruaru, 35 anos mais novo, Benilson Júnior. O relacionamento durou até 2012.

JOAQUIM INÁCIO RAMALHO

BARÃO DE RAMALHO


Todo calouro da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco passou ou estudou pela famosa Sala Barão de Ramalho. A entrada desses estudantes no então desconhecido mundo jurídico dá-se invariavelmente por esse local que homenageia um dos maiores estudiosos do direito brasileiro do século XIX, Joaquim Inácio Ramalho.

Nascido na cidade de São Paulo, em 6 de janeiro de 1809, filho do cirurgião espanhol José Joaquim de Souza Saquette. Entretanto, devido a morte prematura do seu pai é criado como filho adotivo dos irmãos Antonio Nunes Ramalho e Anna Felisberta Ramalho, recebendo também o seu sobrenome, sendo educado segundo os tradicionais costumes paulistas do século XIX.

É aluno das primeiras turmas do Largo de São Francisco, tornando-se bacharel em 25 de outubro de 1834 e recebendo o grau de doutor em 1835. Antes disso, ainda no último ano do curso jurídico, em 3 de abril de 1834, Joaquim Inácio Ramalho é nomeado professor substituto de filosofia racional e moral do Curso Anexo, preparatório para curso de direito da Academia de São Paulo. Torna-se titular dessa mesma cadeira em 22 de julho de 1836. Neste mesmo ano, toma posse também como lente substituto da Faculdade de Direito, por meio de decreto de 23 de abril.

Em 1845, Joaquim Inácio Ramalho é eleito vereador e, sucessivamente, presidente da Câmara Municipal de São Paulo. Por seu destacado trabalho, é nomeado pelo Governo Imperial brasileiro presidente da província de Goiás, por meio de carta imperial de 16 de maio de 1845, permanecendo até 1848 nesse cargo. Em reconhecimento pelos serviços prestados como comandante da província goiana, recebe do Governo Imperial, em 1º de setembro de 1846, o oficialato da Ordem da Rosa. Em seguida, é eleito Deputado geral pela província de Goiás, em 1848, tendo sido ainda membro da Assembleia Provincial de São Paulo por duas legislaturas.

Chega ao topo da carreira acadêmica ao ser nomeado, por decreto de 8 de julho de 1854, lente catedrático da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, tomando posse da primeira cadeira do quinto ano ainda no mesmo mês.

Joaquim Inácio Ramalho recebe o título de Conselheiro do Governo Imperial em 4 de dezembro de 1861 e a comenda de Nosso Senhor Jesus Cristo, por decreto de 21 de maio de 1874. Já em 24 de novembro de 1874, lidera um grupo de advogados para fundar o Instituto dos Advogados de São Paulo, o IASP, de forte atuação até os dias de hoje.

Aposentado da Faculdade de Direito por decreto de 25 de agosto de 1883, Joaquim Inácio Ramalho recebe em 7 de maio de 1887 o título nobiliárquico do baronato, tornando-se o Barão de Água Branca, título em homenagem à cidade alagoana de Água Branca. Contudo, ele recusa tal título, alegando que apenas poderia tornar-se barão, caso este fizesse referência à família da sua esposa, Paula da Costa Ramalho, cuja família acolhera e criara Joaquim Inácio. Assim, torna-se o primeiro e único Barão de Ramalho, em 28 de maio de 1887.

Dentre as diversas honrarias que recebe, o Barão de Ramalho é também oficial da Imperial Ordem da Rosa e recebedor da comenda da Imperial Ordem de Cristo. Além disso, exerce com grande dedicação o cargo de diretor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, sendo nomeado por decreto de 25 de abril de 1891 e permanecendo no cargo até o seu falecimento em 15 de agosto de 1902, com 93 anos de idade.

A obra do Barão de Ramalho é emblemática no tocante à sua dedicação ao ensino e à pratica do direito. Dentre suas publicações, destacam-se: "Elementos de processo criminal, para uso das Faculdades de Direito do Imperio" (1856), "Pratica civil e comercial - Praxe brasileira" (1869), e "Posttilas de pratica (Coleção completa das lições de Pratica do anno de 1865, precedidas de cinco lições de Hermeneutica Juridica e seguidas de dez de Processo Criminal, inteiramente correctas)" (1872). Tais obras revelam o intuito do grande jurista em conciliar a teoria e a prática jurídica. Joaquim Inácio Ramalho conduziu sua carreira acadêmica sem esquecer a práxis dos tribunais.

Essa preocupação com a prática foi também externada em sua posse como primeiro presidente do IASP, quando fixou como missão do instituto o "estudo do Direito aplicado à vida prática". Nessa mesma oportunidade, de maneira bastante feliz, definiu a atividade e a figura do jurista: "tal é a nossa empresa, tão difícil e trabalhosa quanto dignificante, porque é da exata observância das leis e do respeito inviolável ao Direito que depende, em grande parte, a felicidade dos povos."

Cabe ainda citar a curiosidade: o Barão de Ramalho não participou apenas no campo jurídico da formação de São Paulo, mas contribuiu indiretamente também para seu desenvolvimento urbano. Suas terras, herdadas por sua filha, Joaquina Ramalho Pinto de Castro, deram origem ao tradicional bairro paulistano da Vila Guilherme, uma vez que o comerciante Guilherme Praun da Silva as adquiriu em 12 de setembro de 1912, formando o bairro.

Assim, Joaquim Inácio Ramalho, o Barão de Ramalho, é exemplo de carreira dedicada à academia. Passou a maior parte de sua longa vida nos bancos da São Francisco, tendo ocupado a diretoria por um dos mais longos períodos de sua história. Sua atuação é modelo não apenas para a tradicional faculdade paulistana, mas para todo o mundo acadêmico jurídico.

 

MUNICÍPIO DE JOÃO RAMALHO

João Ramalho é um município brasileiro do estado de São Paulo.
A origem de João Ramalho aconteceu em meados de 1920, quando o Coronel Benedito Soares Marcondes, o Osvaldo Sampaio e o Clóvis Dias Valente compraram as terras desta região e construíram as habitações dos primeiros moradores que se instalaram junto as vertentes do Ribeirão São Mateus, assim como fizeram as estradas que ligavam o novo povoado às cidades vizinhas.
Em 05 de abril de 1935, João Ramalho foi elevado a distrito de Quatá, e em 19 de março de 1959 foi emancipado a município.
Seu nome foi colocado em homenagem ao bandeirante português João Ramalho.
Localiza-se a uma latitude 22º15'01" sul e a uma longitude 50º46'04" oeste, estando a uma altitude de 551 metros. Sua população estimada em 2004 era de 4.245 habitantes. Possui uma área de 416,035 km².

 


JOÃO RAMALHO


Manuel da Nóbrega e José de Anchieta estudaram ambos na Universidade de Coimbra, escreviam com desenvoltura e sabiam latim. Não teriam levado a cabo a tarefa de plantar um colégio no alto da serra, porém, não fosse a colaboração de uma dupla bem mais tosca: o português João Ramalho e o índio Tibiriçá. Como é que João Ramalho veio dar com os costados no Brasil é um mistério. Seria um náufrago? Um degredado dos que as naus lusitanas costumavam largar nas terras recém-descobertas? Calcula-se que tenha chegado por volta de 1510. Em 1532, ano da vinda de Martim Afonso de Sousa, comandante da pioneira expedição “colonizadora” enviada pelo governo de Lisboa, ele já era, serra abaixo, em São Vicente, e serra acima, no planalto conhecido pelos índios como “Piratininga”, uma espécie de chefe do pedaço.
João Ramalho vivia entre os índios da região, com quem firmou parcerias que lhes garantiam vantagens nas guerras e nos negócios. Os negócios podiam ser de troca com outros grupos de índios mas também — e daí a importância de um europeu a comandá-los — de comércio de mercadorias ou de escravos para as expedições que passavam pelo litoral hoje paulista em direção ao Rio da Prata. Entre os índios aliados de João Ramalho, destaca-se o cacique Tibiriçá, tido como o principal dos líderes nativos na região. João Ramalho tomou como esposa, ou pelo menos como uma das esposas, talvez a principal, uma filha de Tibiriçá, Bartira. Formou-se então entre eles uma aliança de sangue que, se tem valor entre outras gentes, entre os índios tem mais ainda. É para toda a vida, e para o que der e vier.
O prestígio e a autoridade de João Ramalho garantiram uma boa acolhida a Martim Afonso, em 1532. Tibiriçá ajudou, e tomou-se de tais amores pelo comandante português, que quando foi batizado, e teve de optar por um nome cristão, escolheu o de Martim Afonso Tibiriçá. João Ramalho ainda prestou um favor extra a Martim Afonso: conduziu-o pelas trilhas que levavam ao alto da serra. A partir daí, os colonizadores ficaram sabendo que lá em cima se estendiam terras mais povoadas, mais férteis e mais ricas de promessas do que a estreita faixa litorânea em que se apertam as ilhas de São Vicente e Santo Amaro.
Foi uma prévia do amparo que, vinte anos depois, se ofereceria a Nóbrega e Anchieta. A relação dos padres com João Ramalho foi conflitada. Eles o enxergavam como um bruto que andava nu, tinha várias mulheres e não respeitava os mandamentos cristãos, conforme se lê em suas cartas. Mas, ao mesmo tempo, apoiavam-se nele, e sem ele, e sem Tibiriçá, o projeto em que estavam envolvidos teria viabilidade zero. Tibiriçá, que se supõe ter sido chefe de uma aldeia estabelecida onde hoje é o Largo de São Bento, arregimentou os índios que viriam morar perto e seriam doutrinados pelos jesuítas. Ele e João Ramalho garantiram a segurança do local contra a investida de eventuais contrários.
Em 1562, deu-se um ataque que por pouco não risca do mapa a incipiente São Paulo. Segundo detalhado relato de Anchieta, uma coligação de nativos descontentes investiu sobre o povoado, manteve-o sob cerco durante dois dias e chegou a avançar sobre o quintal dos jesuítas. João Ramalho tomou a si a tarefa de comandar a resistência. E Tibiriçá revelou-se, nela, o mais valoroso dos combatentes. O cacique, chamado por Anchieta de “fundador e conservador da casa de Piratininga”, morreu naquele mesmo ano. Seus restos encontram-se na cripta da Catedral da Sé. João Ramalho morreu em 1580, em avançada idade. É o fundador da dinastia de mamelucos que, no século seguinte, terá lugar de destaque na empreitada comercial-militar conhecida como “bandeira”.



 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Mapa da Cidade de Viseu



O Distrito de Viseu é um distrito português pertencente, na sua maior parte, à província tradicional da Beira Alta, mas incluindo também concelhos pertencentes a Trás-os-Montes e Alto Douro. Tem uma área de 5 007 km², subdividida em 24 municípios, e uma população residente de 391 215 habitantes. A sede do distrito é a cidade com o mesmo nome. Na actual divisão principal do país, o distrito divide-se entre a Região Centro e a Região Norte.

Viseu é o único caso de um distrito português com um enclave, devido ao encravamento da freguesia de Guilheiro  (distrito da Guarda) entre os concelhos viseenses de Sernancelhe e Penedono.


Fotos da Atual Viseu